QUANDO COISAS RUINS ACONTECEM A BONS CASAMENTOS – Les & Leslie Parrot
Capítulo 3
Três coisas boas que podem tornar-se ruins para alguns casais
1. Intimidade
2. Bebês
3. Sexo
Quando é que três coisas boas como estas podem se tornar ruins nos casamentos?
É quando nos decepcionamos com elas, quando o que esperávamos da intimidade, da vida com a chegada dos bebês e do sexo não vêm a ser tudo aquilo que esperávamos que seria!
No início do capítulo os autores citam a experiência de uma viagem de férias para o Havaí, com a qual eles tinham a maior expectativa da vida deles. Um valor alto investido juntamente com a oportunidade de estarem a sós.
Mas chegando lá se depararam com uma tempestade que os impediu de saírem do hotel. Eles dizem que chegaram no Havaí para testemunhar umas das piores tempestades. E se questionam:
“E as excursões, os jantares românticos, os dias de sol, e toda a alegria no paraíso?”
Os autores citam uma fala de Eric Hoffer: “A decepção é uma espécie de falência: a falência de uma alma que aposta tudo em suas expectativas.”
O que eles pensaram:
- Nosso dinheiro está indo para o ralo
- Nossa alegria desapareceu
- Nos sentimos falidos
- Tudo que planejamos deu errado
- A decepção acabou com a nossa alegria
Mas eles TENTARAM TIRAR O MÁXIMO PROVEITO DE UMA SITUAÇÃO NÃO TÃO BOA.
Todo casamento acaba encontrando coisas boas que acabam não dando certo, como férias estragadas, ou um simples jantar no OUTBACK. Tudo depende da forma como reagimos!!
Perguntas:
- O que me decepcionou no meu cônjuge após o casamento?
- O que me decepciona no meu cônjuge ainda hoje?
- Já conversei com meu cônjuge sobre minhas expectativas em relação a ele?
- Como temos reagido a essas expectativas frustradas?
“As decepções nos compelem a examinar o nosso casamento para ver se ele e não apenas as circunstâncias não deram certo.”
INTRODUÇÃO FICHA 01 - Exemplos de circunstâncias:
- A desordem ao sair em família
- As reações e preparativos para receber visitas
- O convívio com familiares
- A divisão dos afazeres domésticos
- A falta de um presente, de um agrado, de um carinho
- A falta de um espaço para a individualidade
- A falta de habilidade para as coisas da “dona de casa” e para o “homem da casa” (Poxa, ela não sabe cozinhar! Poxa ele não sabe trocar um chuveiro!)
- A falta de habilidade como pai ou mãe
- A falta de habilidade como amantes
Agora os autores mostram como as três condições citadas no início, mais previsíveis de acontecer no casamento, fazem alguns casais tirarem conclusões erradas sobre o estado de seu relacionamento, apenas por decepção.
1. Quando a intimidade se transforma em invasão de privacidade
INTIMIDADE FICHA 02 - Robert Louis Stevenson: A intimidade, ao que parece, não deixa nenhum lugar para você se esconder. Ele fala que o casamento introduz deliberadamente uma testemunha em nossa vida.
INTIMIDADE FICHA 03 - Por causa do casamento nos submetemos à humilhação de sermos reconhecidos em toda a nossa falsidade e orgulho, em todas as nossas fraquezas e na feiura do nosso pecado. E quem, na verdade, quer ser tão bem conhecido por outra pessoa? Quem quer viver sob o escrutínio e a vigilância? No entanto, é esse o preço que o casamento impõe à intimidade: sermos o centro das atenções de nosso cônjuge.
Podemos concluir que:
- O casamento acaba com as nossas defesas
- Aumenta a probabilidade de sofrimento
- Não passamos pelas exigências da intimidade sem sair machucado
Sugestões para sanar:
- Saber quais informações pessoais que o seu cônjuge sabe a seu respeito que fazem com que se sinta vulnerável. (Informações do nosso passado que podem ser usadas contra nós – golpe baixo)
- Deixar bem claro um para o outro que determinadas coisas ultrapassam os limites.
- Impor limites quando a intimidade se torna uma invasão de privacidade para resguardar seu espaço privativo. (Ex. Ele informar sobre a necessidade de um passeio no Wal-Mart e ela apreciar a diferença que isso faz na relação) – (o espaço para caixinha vazia de Cláudio Duarte).
- Saber que a verdadeira intimidade não significa abrir mão da individualidade, de seus próprios pensamentos e sentimentos.
2. Quando os bebês se tornam um fardo
BEBÊS FICHA 04 - Uma coisa é certa: o nascimento de uma criança causará uma mudança séria e permanente em seu casamento. A mudança, certamente, é profundamente enriquecedora, para não dizer miraculosa, mas, para a maioria dos casais, também é um pouco confusa e absolutamente desafiadora.
Estudos mostram que:
BEBÊS FICHA 05 - Quando um casal ganha um filho, os conflitos aumentam em oito vezes, o casamento fica em segundo plano, a mulher se sente sobrecarregada e o homem desprezado. No primeiro aniversário do bebê, a maioria das mães estão menos felizes com o casamento e algumas acham que ele não vai subsistir.
BEBÊS FICHA 06 - No ano seguinte ao nascimento do primeiro filho, 70% das esposas sentem grande insatisfação em relação ao casamento. A insatisfação dos maridos aparece mais tarde, como uma reação à infelicidade da esposa.
BEBÊS FICHA 07 - Como uma coisa tão boa como um bebezinho pode arruinar um casamento? Falta de sono – sobrecarga – sentimento de desprezo – alta responsabilidade – obrigações – pressão econômica – falta de tempo. Enfim, os filhos roubam o tempo e a atenção do casamento!
Especialistas sugerem: pare de pensar em “si” e comece a pensar em “nós” quando o seu filho chegar!
Com a maternidade, a vida da esposa, quase sempre, ganha um novo significado e quando o marido não a acompanha, é natural que se crie uma distância entre eles. O segredo é o papai experimentar o mesmo, a transformação da paternidade junto com a esposa. Senão ele fica para trás lamentando a falta da antiga “vida a dois” enquanto a esposa abraça a “vida em família”.
O novo papai geralmente fica ressentido com a pouca atenção que recebe da esposa.
O que o marido tem de fazer?
- Parar de reclamar
- Acompanhá-la
- Tornar-se pai, além de marido
- Desenvolver sentimentos de ORGULHO, CARINHO, E PROTEÇÃO em relação ao filho
- Enxergar a oportunidade de crescimento pessoal na paternidade
A nova mamãe geralmente fica ressentida com a falta de romantismo do marido:
- Ele mudou! Está mais distante! – Quanto mais ela apostar no romance antes do bebê, maior será o sentimento de perda quando seu marido parecer distante.
Se você aprendeu que para ser feliz o casal precisa ser romântico, lamentará a perda do romantismo muito mais do que deveria. Quanto maior a expectativa, maior a decepção.
O romantismo não precisa terminar com o início da paternidade, mas ele precisa adquirir um novo formato enquanto seu marido tenta assumir seu lugar como pai.
BEBÊS FICHA 08 - Moral da história: tanto mamãe como o papai precisam desempenhar seu papel para que o casamento continue bom. O papai precisa se esforçar para entrar no novo mundo da mulher e a mamãe precisa dar mais espaço ao marido para que ele consiga fazer isso.
Exemplos de ações que deram certo:
- Fazer terapia
- Não andar sobre ovos e FALAR das necessidades
- Abandonar os comportamentos, ou falta deles, que prejudicam o relacionamento
- Reservar momentos para o casal ser marido e mulher e não apenas mamãe e papai.
3. Quando o sexo se torna coisa do passado
SEXO FICHA 09 - Quando uma das partes, geralmente mas nem sempre o homem, fica mais interessada em fazer amor do que a outra, é fácil cair na armadilha de culpar o cônjuge por não se sentir motivado. E não demora muito para que ele realmente se sinta culpado por isso.
A pressão da incapacidade aumenta toda vez que isso acontece. A mulher se sente inútil por não corresponder à expectativa básica de um relacionamento conjugal.
Como quebrar este círculo vicioso: reconhecer que o impasse sexual muito provavelmente não é pessoal.
SEXO FICHA 10 - Pesquisas mostram que os níveis hormonais de cada pessoa, é mais responsável pela motivação sexual do que qualquer outra coisa. Muito provavelmente um problema sexual na maioria das vezes NÃO É desencadeado pelo relacionamento.
Os autores citam uma respeitada terapeuta que diz: É perfeitamente possível amar muito alguém e não se sentir tão atraído sexualmente por ele. Ou seja, a recusa sexual da esposa não é necessariamente uma forma de punir o marido. Pouco provável que ela esteja usando o sexo como forma de dominação ou castigo. Isso tem mais a ver com a falta de TESTOSTERONA.
O que pode ajudar?
COMUNICAÇÃO – O casal pode começar contando um para o outro o que cada um gosta e quer que aconteça no sexo, e também antes, para o sexo acontecer.
PRIORIDADE – Desejar que seu cônjuge se torne uma prioridade pra você.
INTENCIONALIDADE – Reservar dias, momentos para o casal.
PRIVACIDADE – Portas trancadas, horários adequados.
INVESTIMENTO – Atenção exclusiva, roupas atraentes, roupas para “tirar”.
É preciso que haja muito companheirismo, afeto, autonomia, identidade e individualidade para que as duas partes se sintam completas.
“Os casais que procuram ter um casamento satisfatório têm muito mais chances de ser felizes do que os que buscam a perfeição”.