À medida da estatura da plenitude de Cristo

À medida da estatura da plenitude de Cristo - Ef. 4:13

Texto base: Carta de Paulo a Filemon

A preocupação de Deus, através de Paulo, com 1 de suas ovelhas

Quando Paulo esteve preso pela primeira vez em Roma, lembramos do apelo que fez a Filemon em favor de Onésimo (antes apenas escravo de Filemon), também preso com ele. Paulo pede para que Filemon recebesse Onésimo como se fosse o próprio Paulo, porque ele agora era um deles. Filemon 1:16-17.

A igreja de Filemon

Dentre as grandes e estruturadas igrejas que se formaram durante e através do ministério de Paulo, destacamos a preocupação de Deus e de Paulo com uma “pequena” igreja que ainda estava “começando” na CASA de Filemon. Filemon 1:1-2.

E entendemos que Onésimo, agora, era IMPORTANTE para Deus, para Paulo e para Filemon, certamente para também ajudar no crescimento e expansão desta igreja.

Somos todos Onésimos!

Mas por que lembrar da carta de Paulo a Filemon quando intitulamos o estudo com um trecho de Paulo aos Efésios?

Primeiramente para refletirmos sobre a importância desta célula para Deus, para a igreja onde congregamos e da importância individual de uns para com os outros. De certa forma somos todos Onésimos! Antes escravos, escravos do pecado, mas agora de Cristo, cada um com sua importância no Reino de Deus.

A carta de Paulo a Filemom, apesar de pequena, já nos traz valores cristãos, tais como: amor, humildade, generosidade, cortesia, hospitalidade, altruísmo, tato, valor da individualidade, valor social, valor espiritual, perdão, reconciliação e gratidão. Valores que se observados, praticados, cultivados e fortalecidos nos levarão cada dia mais a vivermos “à medida da estatura da plenitude de Cristo”.

Podemos dizer que nesta carta, através de sua intercessão por Onésimo e por suas promessas a Filemon, Paulo foi um homem de medida aproximada da estatura da plenitude de Cristo?

Paulo, em todas as suas cartas, e também no livro de Hebreus (cuja autoria muito provavelmente seria de Paulo) nos ensina como viver em Cristo e como Cristo para que sejamos cada dia mais parecidos com Ele e então manifestarmos a presença do Pai em nós através do amor, da alegria, da paz, da longanimidade, da benignidade, da bondade, da fidelidade, da mansidão e do domínio próprio, como ele mesmo cita na carta aos Gálatas 5:22-23.

Uma mudança de vida na conversão a Cristo pode, mas não é necessariamente um passe de mágica. Até mesmo Paulo teve seu tempo de tratamento com Deus antes de começar suas andanças. A conversão, ou seja, a volta para Jesus, além do aceite dEle como nosso Senhor e salvador, também é um caminho a ser percorrido, um caminho com a mudança de direção na estrada das nossas vidas; uma mudança de pensamento; mudança de vocabulário, mudança de costumes; mudança de “modus operandi”; mudança de visão de mundo (um filtro do que absorver) do que queremos para nós, para nossa família, nossos filhos, para nosso amigos e familiares; um conjunto de renúncias dos gostos da carne, dos prazeres com as coisas do mundo que Deus não reservou para nós; renúncias do pecado, da velha natureza humana!

Este caminho da conversão é o caminho da volta para Cristo (de onde nunca deveríamos ter saído através do pecado), caminho em direção a Jesus, caminho de aproximação à Jesus, caminho da semelhança com o Pai no nosso modo se ser, de pensar, de viver e de agir.

A caminhada cristã percorre um caminho de despertar para a importância das “coisas” do reino de Deus, um caminho de busca pela intimidade com Deus a fim de que os nossos anseios para com o Pai sejam apenas o reflexo dessa mesma vontade de Deus para conosco. Desta forma somos forjados, a cada dia dessa caminhada, para sermos mais parecidos com Jesus, agradando-o cada dia mais, obedecendo-o cada dia mais, melhor e imediatamente quando admoestados pelo Espírito Santo, tornando-nos o que mais Deus quer de nós, aquilo para que fomos criados: adoradores por excelência!

Conclusão

Que possamos dizer e viver da mesma forma como louvamos: “Em espírito, em verdade te adoramos! Te entregamos nosso viver pra te adorar! Meu prazer é te adorar!”. Chamá-Lo de Rei dos reis e senhor e ainda dizer que “Maravilhoso é estar em tua presença, maravilhoso é poder te adorar!”.

Somente assim estaremos verdadeiramente em busca da medida da estatura da plenitude de Cristo. Que assim busquemos ser e que assim vivamos até o fim de nossos dias! Amém.

Fev/2025